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Originário
do continente Africano. Foi descoberto em 1793 e levado à Europa em
torno de 1860, na sua cor selvagem verde (cor base).
Hoje, graças aos criadores, encontram-se muitas colorações, vai
desde o "verde musgo" forte até às cores pastel e ao amarelo. Muitas
destas aves têm o seu nome ligado às cores da plumagem que apresentam
nas faces e na cabeça. Temos por exemplo "Agapornis de Cabeça-cinzenta"
(Agapornis canus); "Agapornis Mascarado" (Agapornis
personatus); "Agapornis de bocechas-negras" (Agapornis
nigrigenis); "Agapornis de cara vermelha" (Agapornis pullaris); "Agapornis
de face- de- pêssego" (Agapornis roseicollis);
etc. Nas espécies Agapornis personatus,A.lilianae,
A. nigrigenis e A.
fischeri, o anel branco carnudo à volta dos olhos e o
rebordo branco no topo do bico (cera) tornam as cores da cabeça e do
bico ainda mais intensas.
A palavra alemã "Unzertrennliche" (Inseparáveis) é o termo mais
adequado às aves do genus Agapornis, usualmente chamados "Lovebirds"(Pássaros
do amor) pelos avicultores anglófonos. É um termo adequado porque estas
aves geralmente vivem em pares, empoleiram-se muito aconchegadas umas às
outras, coçam-se, catam-se, trocam beijos, etc., são literalmente
incapazes de viver sozinhas, o "Coração" de um Agapornis pertence ao
companheiro e é este que recebe todo o seu afecto, se retirarmos um
companheiro ou se tentarmos manter um só Agapornis separadamente, o que
nos resta é "meio pássaro"! O Agapornis solitário nunca mais terá aquela
graça que tinha e perde parte da sua vivacidade, podendo até morrer!,.
Os agapornis, são de estatura diminuta, variando entre os 13-17
cm, dependendo da espécie. Estas aves são bastantes resistentes e pouco
exigentes. A maioria pode ser alojada em aviários de exterior durante o
Inverno em regiões temperadas, desde que disponham de um abrigo para ser
usado nos dias mais frios, ou uma gaiola com as dimensões de 100 x 60 x
90 cm será mais que suficiente.
Na ordem dos papagaios (Psittaciformes), os Inseparáveis pertencem
à família dos papagaios pigmeus (Micropsittidae) nos quais e juntamente
com o genus Loricus (Periquitos-Morcego), formam a sub-familia dos
Agapornis.
Devido aos seus hábitos alimentares, o swindernianus é muito
próximo aos loriculos, pois ambos vivem à base de fruta. Os taranta, os
pullaris e os canus não possuem anéis à volta dos olhos, mas o que os
realmente os distingue é o dismorfismo sexual (isto é, os machos têm a
aparência diferente das fêmeas). Estas espécies quase não juntam
material para o ninho, mas quando se decidem a fazê-lo, transportam-no
debaixo das penas das asas e da região dorsal. Na natureza, constroem
um suporte ou forro muito suave no fundo de um buraco, nada de ninhos
sofisticados!
Os
roseicollis constituem um elo de ligação entre as espécies mais
primitivas já mencionadas e as mais desenvolvidas. Este não possui um
anel branco à volta dos olhos e também não apresenta dimorfismo sexual.
O material para o ninho também é transportado nas penas, mas em
liberdade tem-se verificado que muitas vezes não ninho algum, limitam-se
a invadir os ninhos de tecelões. As quatro espécies com o anel à volta
dos olhos são consideradas mais evoluídas. Controiem ninhos extensos em
buracos de árvores, debaixo de telhados ou em palmeiras.
A
maioria dos Agapornis são geralmente encontrados em grupos pequenos,
permanecendo assim mesmo durante a época de acasalamento. São pássaros
sociáveis e gostam de viver em pequenas colónias. Geralmente fazem
grande barulho, excepto quando pressentem alguém ou algum animal perto dos
seus ninhos.
Os Agapornis pullarius têm hábitos diferentes. Com o seu bico
escava fundo para dentro de uma colónia de térmitas, fazendo uma
passagem com um compartimento adjacente. As térmitas não fazem mal aos
pullarius e por outro lado, a constante actividade destas faz com que a
temperatura dentro do compartimento de nidificação permaneça constante
rondando os 30ºC. Os agapornes botam ovos, geralmente brancos e
arredondados, sendo o seu número de quatro a seis são chocados apenas
pela fêmea. Os recém nascidos permanecem no ninho cerca de 30-40 dias e
continuam a ser alimentados pelos pais durante mais duas semanas.
Em habitat natural, a dieta dos Agapornis é
constituída por
sementes de erva, milho alvo, milho paínço, arroz e outros cereais, bem
como sementes de Acácia, amoras e diversos frutos. Quase todas as
espécies consideram os figos e as suas sementes uma iguaria. No caso do
swindernianus, o figo é essencial à sua sobrevivência. Além destes
alimentos, estas aves também apreciam os rebentos tenros, diversos
bolbos, assim como ramos e pétalas de flores e mesmo insectos e suas
larvas, especialmente quando têm filhotes a alimentar.
Enquanto algumas espécies vivem nas estepes secas e nas Savanas,
voando à procura de bebedouros somente de manhã e à noite, outras vivem
mesmo perto da agua, isto é, nas árvores que se encontram ao longo das
margens de rios e lagos. Os Agapornis são criaturas de hábitos e uma vez
tenham escolhido uma cavidade ou um ninho, eles permanecerão aí to o
tempo que lhes for possível.
A maioria dos Agapornis não estão ameaçados de extinção nos seus
habitats naturais. As espécies com uma distribuição geográfica mais
pequena são precisamente aqueles que têm o anel branco à volta do olho.
O Agapornis mais ameaçado é o Agapornis nigrigenis. Este não deverá ser
mais capturado, mas sim incentivado a reproduzir-se no seu habitat
natural. Ramos de árvores os quais eles esfolam a casca são utilizados
como material para o ninho.
Algumas
espécies revelam-se bons criadores, enquanto que outras mostram pouco
interesse na reprodução. Todas as espécies devem ter acesso a uma caixa
ninho, do mesmo tipo que é utilizado para os Piriquitos, mas um pouco
maior, a qual será pendurada por fora ou por dentro da gaiola, mas de
uma maneira que facilite a inspecção quando necessária.
Quanto a
alimentação devemos ter dois potes; Um com de mistura de sementes
(girassol, painço, painço verde, alpiste, aveia com casco, cártamo,
niger e colza) e outro com farinhada à venda em lojas (3 partes de ração
para Agapórnis - e 1 parte de complemento - semente germinada de trigo,
milho verde cru debulhado e verduras, excepto alface). Na procriação e
para o casal com filhotes, dê diariamente ¼ de giló ou 1 pedaço de 3 a 4
cm de milho cru. Para afiar o bico e o necessário reforço à mãe na
procriação, dê pedra de cálcio.
Os agapornis botam ovos geralmente brancos e arredondados, sendo o
seu número de quatro a seis, são chocados apenas pela fêmea. Os recém
nascidos permanecem no ninho cerca de 30-40 dias e continuam a ser
alimentados pelos pais durante mais duas semanas.
Bibliografia: Petbrazil.com.br
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